TRANSCRIÇÃO DO VÍDEO "MARCAR ENTREVISTAS":
Em primeiro lugar é preciso saber se o jornalista quer fazer uma entrevista ou apenas levantar dados para a matéria.
Se o interesse for realmente pela entrevista, após o contato inicial do profissional os cartórios deverão encaminhar um formulário para ser preenchido com os seguintes itens: veículo, programa, apresentador(a), produtor(a), telefone, pauta, dia, hora, fonte, local (presencial, por telefone ou Meet) e formato (ao vivo ou gravado). Isso facilitará organizar e marcar as entrevistas.
Segundo a ética jornalística, as perguntas não precisam ser repassadas com antecedência. Se realmente houver essa necessidade, por se tratar de uma pauta polêmica, por exemplo, o chefe de cartório pode sugerir a antecipação dos questionamentos.
Uma vez localizada a fonte, faça novo contato com o jornalista ou veículo de imprensa para informar o nome do entrevistado, confirmar o horário, local, a forma e o tempo de gravação.
Lembre a fonte que ela representa a instituição, portanto, prepare-a para falar em nome dela. Nunca emita opiniões pessoais - nem mesmo em off - que possam comprometer a imagem própria ou a da instituição. O que não pode ser publicado não deve ser dito.
Maria Ester - apresentadora SCC
“É importante a gente entender que uma boa fonte pode mudar o rumo de uma reportagem, por isso a importância de escolher quem domina aquele assunto. E se fosse para a gente falar sobre o sucesso de uma entrevista, eu elencaria com vocês três pontos. Primeiro, clareza nas informações. Sem ficar inventando termos técnicos, você tem que pensar assim: “O que eu posso fazer para essa pessoa entender, de fato, o que eu quero dizer se ela não domina o mesmo conteúdo que eu?”. De uma maneira fácil, de uma maneira coloquial, em uma conversa, como se fosse no dia a dia.
Em segundo, objetividade. Responda apenas o que te foi perguntado, sem ficar floreando demais. Isso, inclusive, dá uma abertura para uma segunda interpretação. Em terceiro, eu diria para vocês uma dica, olho no olho. Responda olhando para a pessoa que está te perguntando, você não precisa olhar para a câmera, como eu estou fazendo aqui para vocês, você não precisa. Não é uma palestra, não é um monólogo. Torne isso um bate papo, uma conversa. Vai ser mais agradável, você vai se sentir mais confortável e a entrevista vai ser mais produtiva.”
Em caso de dúvidas, defina com a ASCOM as mensagens que você quer passar e a melhor maneira de abordá-las.
Vale destacar que a coletiva de imprensa só deve ser convocada quando grande número de veículos demonstrar interesse num mesmo assunto, ou quando o assunto for extremamente relevante ao público. Nessas ocasiões, é importante atender a todos os jornalistas e não deixar perguntas sem respostas.
E se houver restrição de local para a entrevista, faça o credenciamento dos profissionais a exemplo do feito pela ASCOM para a coletiva Eleições em Pauta, que abre oficialmente o período eleitoral junto à imprensa.
Para mais sugestões, acesse o Guia de relacionamento com a mídia e assista ao vídeo sobre esse material, produzido pela Assessoria de Comunicação do TRE de Santa Catarina.